O que a gente desconfia
- Letícia Chiantia
- 3 de jul. de 2019
- 1 min de leitura
Uma taça de vinho equivale a uma hora na academia. A cerveja tem benefícios incríveis para a saúde. Tomar sorvete no café da manhã te deixa mais inteligente. Emagreça 7 kg em uma semana sem passar fome. Homem que lava a louça é mais feliz.
A lista de promessas e constatações é extensa. Elas são embasadas em estudos científicos de universidades mundo afora. Toda vez que uma pesquisa dessas fica pronta, em seguida aparecem notícias impressionantes, com títulos chamativos e táticas de abordagem persuasivas incríveis.
Esses artigos são um verdadeiro exemplo de como construir um texto clicável. Afinal, pelo menos uma vez na vida você já deve ter parado em algum deles para atestar os dados. Eles conseguem passar uma sensação de urgência com perfeição. Dessa forma, o primeiro propósito do clique foi alcançado.
Quanto à credibilidade ou veracidade dessas informações, não têm relevância, pois são baseadas em estudos feitos com um grupo de pessoas por um período.
Em alguns casos, é bom imaginar ou desejar que sejam verdades absolutas. No entanto, tudo que é muito fácil, é bom desconfiar. Prova disso, é que as pesquisas conseguem se contradizer, conforme surgem novos estudos com uma nova realidade de amostragem.
Os títulos promissores com enredos estratégicos conseguem, por vezes, se tornar uma piada. Os exemplos dados são reais e foram escolhidos, propositalmente, somente para chamar a atenção.
Porém, existem algumas informações mais próximas da realidade, que também não deixar de ser contestadas. Fica difícil saber em que realmente acreditar. Não há muito o que fazer a não ser tentar encontrar um equilíbrio e bom senso para fazer as escolhas.
O Porta dos Fundos fez um vídeo engraçado sobre esse tema
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