Era um garoto que como eu Amava os Beatles e os Rolling Stones Girava o mundo sempre a cantar As coisas lindas da América
Até parece que os produtores do filme Yesterday ouviram a música do Engenheiros do Hawaii para se inspirarem na produção que parece uma carta de amor ao grupo de Liverpool.
Declarações afetivas costumam ser aleatórias e sem muito senso crítico. Levando em consideração isso, um filme dos Beatles sem a presença de John, Paul, Ringo e George pode ser feito com critério apenas nostálgico e um tanto superficial.
A sensação de poder viajar no tempo é causada em todos os aspectos, desde a amarração da história que carrega como pano de fundo o conceito de multiverso.
Sem a preocupação com explicações científicas, a trama apenas apresenta Himesh Patel (interpretado por Jack Malik) em um contexto em que Beatles nunca existiu. Tudo se passa depois que recobra sua consciência de um acidente que coincide com um apagão global.
Aparentemente, ele é o único que conhece as letras de Beatles e Oasis, por exemplo. Sem contar outras estranhezas dessa realidade. Apesar disso, outras diferenças são pouco exploradas, o foco maior é o quarteto.
Qualquer descoberta ou trama paralela, como o romance do protagonista fica em segundo plano. Do começo ao fim, o filme procura fazer um resgate ou apenas ser um manifesto de amor às letras de Help, Ticket to Ride e tantas outras.
Para ajudar a compor essa história de amor, Danny Boyle traz Ed Sheeran. Com ele, o processo pitoresco levanta algumas curiosidades: um mundo sem Beatles e se tivessem surgido nos dias de hoje? Ou ainda algumas questões mais cômicas: e se Hey Jude fosse Hey Dude?
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