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"Fragmentado" mostra os descontroles de uma mente

Se parar para pensar pode notar as inúmeras personalidades que pode adquirir em um só dia. Em determinados momentos, pode ser educado, ter um ataque de raiva descontrolado ou se tornar um tanto evasivo às vezes.


Cada uma dessas características variam conforme o ambiente e as situações. Os pensamentos bons ou ruins vêm praticamente sem controle algum.


Apesar de todas essas variações, conseguimos manter tudo dentro de um alter ego. Somos o que lembramos de nós mesmos. No entanto, nem todos conseguem controlar ou memorizar suas próprias ações.


Pensando nisso, o diretor, roteirista e produtor indiano M. Night Shyamalan fez Fragmentado, um dos filmes da trilogia de Vidro e Corpo Fechado. Ele também é responsável por A Vila e Sinais.


Lançado em 2017, Fragmentado acompanha a vida de Kevin (James McAvoy), um homem perturbado com 23 personalidades, diagnosticado com Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), conhecido popularmente ou antigamente por “dupla personalidade”.



Kevin (James McAvoy) em cena de "Fragmentado" (Fotos: Divulgação/IMDb)

Para retratar a doença, o filme traz alguns aspectos do sintoma da doença. Tudo é explorado com muita liberdade poética, até porque o foco é dividido para explorar as ações perigosas do protagonista.


O pano de fundo é o sequestro de três adolescentes. A partir do incidente, algumas das versões perigosas de Kevin ficam evidentes na trama. O rodízio das personalidades é acompanhado e justificado por sua psicóloga, uma das peças desse quebra-cabeças.


Brevemente, ela ajuda a explicar as nuances desse transtorno raríssimo, com pouca ou nenhuma incidência no Brasil, segundo estudos.


Uma das curiosidades é o fato de algumas personalidades adquirir condições físicas específicas, entre outras peculiaridades. Por exemplo, uma pode ter diabetes e outra não.


Pessoa com TDI fragmenta sua caixa de memórias em várias

Um desses casos é um registro real do século 18, no início da Revolução Francesa. Na época, uma alemã, de 20 anos, começou a falar francês fluentemente, enquanto imitava o sotaque alemão, quando trocava de personalidade não conseguia se lembrar de nada.


Com certeza, o suspense extrapola todas as possibilidades reais da doença. Apesar do exagero, tudo acontece dentro do esperado para uma ficção. O espectador consegue ficar atento e curioso do começo ao fim. Algumas personagens podem gerar antipatia, dentro do previsível.

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