“A Mágica da arrumação” é para ocupados, preguiçosos e bagunceiros
- Letícia Chiantia
- 15 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de jun. de 2019

Desde pequena, eu sempre tive a concepção de que atrás de desorganização, existe uma vida bagunçada, não necessariamente ela toda, mas algumas áreas. Depois de ler A Mágica da arrumação, de Marie Kondo, posso ter a certeza de que o meu pensamento faz muito sentido.
Ao contrário da autora, estou longe de ser uma obcecada ou prodígio em organização, porém desperto interesse pelo assunto, ao lado das milhares de pessoas que também compraram seu livro. Foram mais de cinco milhões de cópias vendidas, traduzidas para mais de 40 idiomas, figurando na lista de best-sellers da década em todo o mundo.
Com números tão expressivos, Marie Kondo, aos 34 anos, entrou na lista das pessoas mais influentes e requisitadas do planeta. Interessados em suas orientações precisam esperar três meses. Outra forma de consulta são os seus vídeos no YouTube ou ainda o seu reality show gravado em 2018, disponível na Netflix.
Para chegar nesse patamar e desenvolver o seu método infálivel KonMari, Marie começou muito cedo, aos 5 anos. Desde aquela época, com tentativas e erros, descobriu que o princípio do sucesso começa pelo desapego.
Segundo ela, é importante descartar todos os itens que puder, mantenha apenas o que traz verdadeira alegria, nada de guardar excessos. Para descobrir seus interesses, oriente-se pela intuição. Nessa hora, a pergunta é "Isso me faz feliz"? Se a resposta for positiva, significa que conseguiu encontrar o “clique da satisfação”.
Como os critérios de felicidade, às vezes, são muito amplos, a leitura é significativa. Ao longo dos cinco capítulos, ela compartilha várias dicas e exemplos de pensamento funcionais e eficazes, acompanhados de casos reais.
Em alguns momentos, achei a lógica um pouco exagerada, principalmente ao que refere-se a itens de valor sentimental. No entanto, parando para pensar melhor, notei como estamos muitas vezes presos às lembranças. É importante o constante exercício do desapego.
No fim, ela expõe vários exemplos de sucesso. Pessoas que começaram o método e se (re)descobriram na vida, mudando ou se aprofundando nas suas profissões, por exemplo. Ou seja, eu estava certa quando ao meu pensamento das primeiras linhas desse texto que me acompanha desde criança.
Por isso, quando vejo que a minha casa está desarrumada, minha mesa ou qualquer outro local, além de procurar arrumar, penso a respeito dos meus problemas.
Quanto ao método do livro, claro que não precisa ser seguido à risca. Como eu sempre digo, praticar o aplicável ao seu estilo de vida. Minimalismo liberta, mas não precisa viver só com a roupa do corpo para funcionar. Até porque, essa nem é a proposta.
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